Goiânia, Goiás, 05 de
abril de 2016.
abril de 2016.
Imagens de homens, mulheres e
crianças afrobrasileiras (de pele escura) nas campanhas publicitárias não fazem
de um Banco uma empresa menos racista.
crianças afrobrasileiras (de pele escura) nas campanhas publicitárias não fazem
de um Banco uma empresa menos racista.
Na manhã da última quarta feira,
30/03, por volta das 12 horas, cheguei, juntamente com minha esposa, a
Professora Marilena da Silva, à agência Praça das Mães, do Banco do Brasil,
na Avenida Anhanguera, setor Aeroporto, em Goiânia, a fim de descontar cheque
recebido por trabalho desenvolvido por ela na semana anterior. Não
imaginávamos, nem em nossos piores pesadelos, que seria uma das experiências
mais vexatórias, humilhantes, deprimentes e revoltantes de nossas vidas. O
racismo espreitava-nos e nos atacaria de diferentes formas em instantes, sem
esperarmos.
30/03, por volta das 12 horas, cheguei, juntamente com minha esposa, a
Professora Marilena da Silva, à agência Praça das Mães, do Banco do Brasil,
na Avenida Anhanguera, setor Aeroporto, em Goiânia, a fim de descontar cheque
recebido por trabalho desenvolvido por ela na semana anterior. Não
imaginávamos, nem em nossos piores pesadelos, que seria uma das experiências
mais vexatórias, humilhantes, deprimentes e revoltantes de nossas vidas. O
racismo espreitava-nos e nos atacaria de diferentes formas em instantes, sem
esperarmos.
Como já é costume, pois Marilena
é correntista e frequenta o Banco do Brasil há mais de década e meia, a
professora colocou seus pertences de metal, incluído aí aparelho celular e
pendrive, no compartimento destinado a isto a fim de passar pela porta
giratória, como eu já havia feito instantes antes, sob o olhar atento do
segurança que controlava a passagem de clientes pela porta giratória.
é correntista e frequenta o Banco do Brasil há mais de década e meia, a
professora colocou seus pertences de metal, incluído aí aparelho celular e
pendrive, no compartimento destinado a isto a fim de passar pela porta
giratória, como eu já havia feito instantes antes, sob o olhar atento do
segurança que controlava a passagem de clientes pela porta giratória.
Neste momento foi que iniciou-se
a humilhação e o desrespeito aos direitos da cidadã e cliente impetrados pelos
funcionários daquela agência do Banco do Brasil. Por vários minutos
seguidos a Professora Marilena foi impedida de adentrar à agência, mesmo após
abrir e esvaziar sua bolsa de mão e exibir todos os pertences lá contidos, sob
a alegação inverídica (e isto será provado pelas investigações!) de que a porta
de segurança não podia ser travada ou destravada manualmente.
a humilhação e o desrespeito aos direitos da cidadã e cliente impetrados pelos
funcionários daquela agência do Banco do Brasil. Por vários minutos
seguidos a Professora Marilena foi impedida de adentrar à agência, mesmo após
abrir e esvaziar sua bolsa de mão e exibir todos os pertences lá contidos, sob
a alegação inverídica (e isto será provado pelas investigações!) de que a porta
de segurança não podia ser travada ou destravada manualmente.
Neste ínterim, constrangido e
indignado, fui até a mesa onde outro segurança solicitava a intervenção do
Gerente, Sr. Carlindomar, e exigi que a porta fosse liberada ou que alguma
explicação honesta nos fosse dada para o impedimento da entrada de minha esposa
na agência. A resposta que recebi foi a mesma dada pelo primeiro segurança: era
impossível destravar manualmente a porta giratória.
indignado, fui até a mesa onde outro segurança solicitava a intervenção do
Gerente, Sr. Carlindomar, e exigi que a porta fosse liberada ou que alguma
explicação honesta nos fosse dada para o impedimento da entrada de minha esposa
na agência. A resposta que recebi foi a mesma dada pelo primeiro segurança: era
impossível destravar manualmente a porta giratória.
Enquanto isto, de maneira
acintosa e claramente desrespeitosa de qualquer regra do Código de Defesa do
Consumidor, o segurança ‘sugeriu’ que minha esposa retirasse o cinto que usava
por sobre sua saia, levando-a a indignar-se ainda mais com o violento, absurdo
e ilegal constrangimento a que estava sendo exposta, e em voz alta
perguntar-lhe se teria de despir-se ali para poder entrar no banco.
acintosa e claramente desrespeitosa de qualquer regra do Código de Defesa do
Consumidor, o segurança ‘sugeriu’ que minha esposa retirasse o cinto que usava
por sobre sua saia, levando-a a indignar-se ainda mais com o violento, absurdo
e ilegal constrangimento a que estava sendo exposta, e em voz alta
perguntar-lhe se teria de despir-se ali para poder entrar no banco.
Convém destacar com veemência que
diversas pessoas, inclusive mulheres com bolsas contendo mais metais que a pequena
bolsa de minha esposa, passaram livremente pela mesma porta giratória que lhe
impedia repetidamente o acesso.
diversas pessoas, inclusive mulheres com bolsas contendo mais metais que a pequena
bolsa de minha esposa, passaram livremente pela mesma porta giratória que lhe
impedia repetidamente o acesso.
Vendo que a situação não se
resolveria de forma consensual, liguei para o 190 e solicitei a vinda de
policiais para garantir que o direito de ir e vir de Marilena fosse respeitado,
recebendo como resposta do atendente que eu deveria me entender com o gerente e
com o chefe da segurança da agência, pois uma viatura policial não seria
deslocada para ali apenas pelo motivo por mim declarado, frustrando meu
objetivo.
resolveria de forma consensual, liguei para o 190 e solicitei a vinda de
policiais para garantir que o direito de ir e vir de Marilena fosse respeitado,
recebendo como resposta do atendente que eu deveria me entender com o gerente e
com o chefe da segurança da agência, pois uma viatura policial não seria
deslocada para ali apenas pelo motivo por mim declarado, frustrando meu
objetivo.
Voltei ao gerente e novamente
exigi-lhe a liberação da entrada de Marilena e, chamando a atenção dos clientes
presentes à agência, pedi-lhe que repetisse em voz alta a recusa em liberar a
passagem e o motivo alegado por ele e pelos seguranças.
exigi-lhe a liberação da entrada de Marilena e, chamando a atenção dos clientes
presentes à agência, pedi-lhe que repetisse em voz alta a recusa em liberar a
passagem e o motivo alegado por ele e pelos seguranças.
Como o racista nunca está só,
logo um cliente manifestou-se dizendo que eu e Marilena estávamos a exigir tratamento diferenciado, gerando com
esta intervenção mais confusão e bate-boca, o que levou o gerente a ameaçar-me
com a chamada da polícia por eu causar tumulto. Insisti que ele o fizesse, pois
mantinha a intenção de registrar a ocorrência do constrangimento ilegal com
motivação de discriminação racista, em violação de nossos direitos básicos, o
que ocorreu minutos depois com a chegada dos policiais, Sargento Fogaça e Cabo
Clebio, que ouviram as partes, anotaram nossos dados e do gerente e
recomendaram que fizéssemos o registro da ocorrência em distrito policial da
região.
logo um cliente manifestou-se dizendo que eu e Marilena estávamos a exigir tratamento diferenciado, gerando com
esta intervenção mais confusão e bate-boca, o que levou o gerente a ameaçar-me
com a chamada da polícia por eu causar tumulto. Insisti que ele o fizesse, pois
mantinha a intenção de registrar a ocorrência do constrangimento ilegal com
motivação de discriminação racista, em violação de nossos direitos básicos, o
que ocorreu minutos depois com a chegada dos policiais, Sargento Fogaça e Cabo
Clebio, que ouviram as partes, anotaram nossos dados e do gerente e
recomendaram que fizéssemos o registro da ocorrência em distrito policial da
região.
O registro de Boletim de
Ocorrência foi feito no 1º Distrito Policial de Goiânia, como constrangimento
ilegal e faremos representação contra o Banco do Brasil e seus funcionários
envolvidos. A impunidade de racistas investidos em situações de ‘micropoder’
como o segurança e o gerente que impediram a entrada da professora Marilena na
agência só serve para que casos como este se repitam mais e mais, diariamente,
provocando vexame público, constrangimento, sofrimento e indignação. Cabe
registrar o apoio imediato recebido do amigo e Assistente Social Íris, do
Advogado e Jornalista Dojival Vieira e da Professora Janira Sodré Miranda e de tod@s que acompanharam o caso, em tempo real, nas redes
sociais. Contamos com a correta atuação dos agentes policiais, com o rigor da
Justiça na aplicação da legislação e punição dos criminosos racistas e com a
correção de procedimentos pelo Banco do Brasil e pela Confederal Empresa de
Segurança na formação e capacitação de seus funcionários.
#racismonobancodobrasil #racistasnãopassarão
Ocorrência foi feito no 1º Distrito Policial de Goiânia, como constrangimento
ilegal e faremos representação contra o Banco do Brasil e seus funcionários
envolvidos. A impunidade de racistas investidos em situações de ‘micropoder’
como o segurança e o gerente que impediram a entrada da professora Marilena na
agência só serve para que casos como este se repitam mais e mais, diariamente,
provocando vexame público, constrangimento, sofrimento e indignação. Cabe
registrar o apoio imediato recebido do amigo e Assistente Social Íris, do
Advogado e Jornalista Dojival Vieira e da Professora Janira Sodré Miranda e de tod@s que acompanharam o caso, em tempo real, nas redes
sociais. Contamos com a correta atuação dos agentes policiais, com o rigor da
Justiça na aplicação da legislação e punição dos criminosos racistas e com a
correção de procedimentos pelo Banco do Brasil e pela Confederal Empresa de
Segurança na formação e capacitação de seus funcionários.
#racismonobancodobrasil #racistasnãopassarão
José Fernando de Oliveira
Moreira – um cidadão afrobrasileiro
Moreira – um cidadão afrobrasileiro
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