Reinaldo

Nome do Delegado Waldir Soares ganha força e só 'conluio' pode tira-lo da disputa pelo Paço

No atual sistema político eleitoral é possível que um pretenso candidato se lace na disputa pregando a independência? O campeão de votos em Goiás, Delegado Waldir Soares, acha que sim, com a desistência de Fábio Sousa ele acredita que sua candidatura pode decolar até as prévias do PSDB. Essa independência sugerida seria uma posição contrária ao que vem realizando Paulo Garcia no comando da capital, e com autonomia para administrar, sem transformar o Paço Municipal em mais uma extensão do Palácio das Esmeraldas.

É complicado assumir uma candidatura independente, num sistema político que protege o "status quo", que é comandado pelos partidos e tem sempre um "coronel" disposto a ditar as regras. Waldir Soares já disse em diversas ocasiões que não aceita o "cabresto" imposto pelo Governador Marconi Perillo, se sente preparado para ser Prefeito de Goiânia e que os milhares de votos que recebeu na capital o qualificam para pleitear a candidatura Tucana, mesmo não estando nas primeiras posições de uma fila que dizem existir no PSDB.

O PSDB desde o fim do pleito de 2014 vinha ventilando o nome de Jaime Rincón como provável candidato da legenda, mas após a ação do MP-GO na operação compadrio, o nome de Rincón perdeu força, outros pré-candidatos surgiram, alguns até contam com a total simpatia do Governador Marconi Perillo, mas nenhum tem a força junto a população do que o Delegado Waldir.

Ao mesmo tempo em que lamentou a desistência do colega Fábio Sousa em participar das prévias do partido, o Delegado não perdeu a oportunidade de alfinetar a situação dele, e ainda aproveitou para deixar claro que se perceber manipulação no processo, o que ele chamou de "conchavos", ele também poderá retirar seu nome da disputa.

O dilema para a população é tremendo, uma vez que ambos os nomes apresentados como pretensos candidatos pelos partidos não refletem a vontade de mudança da população. Iris Rezende que surge como sendo o favorito na disputa, precisa pacificar o divido PMDB para manter a chance de não terminar sua carreira em baixa.

Outro fator que pode pesar, não só contra o candidato do PMDB, mas também uma hipotética candidatura do PT, é a péssima gestão de Paulo Garcia. Só de ser filiada ao PT, Adriana Accorsi não teria como se desvencilhar da gestão do atual prefeito. A temeridade de que podemos partir para uma continuidade da gestão Paulo Garcia pode ser decisiva para o fracasso de uma candidatura do PT.    

Vanderlan Cardoso, o diferente, pode pintar na disputa como um fato novo, mas é questionável a sua força na capital, apesar de já ter disputado duas vezes o governo do estado, não é difícil encontrar pessoas que dizem não conhecer o ex-prefeito de Senador Canedo. Novidade como Virmondes Cruvinel Filho poderia se beneficiar pelo fato de representar uma candidato que traria novas ideias, mas a proximidade e a vocação de dizer amém para Marconi Perillo podem minar suas pretensões.

     Ainda que pese ser do partido do Governador, o Delegado Waldir Soares é o único que pode se apresentar como oposição as velhas práticas que governam Goiânia e o estado de Goiás, isso se permitirem que ele siga com seus planos. Após Jaime Rincón ser limado da disputa e Fábio Sousa desistir de concorrer, os nomes de Ancelmo Pereira e Giuseppe Vecci surgiram de forma tímida, mas contam como trunfo o fato de serem vistos com bons olhos pela cúpula partidária, e claro por Marconi Perillo.

     É sempre bom lembrar que com a proibição do financiamento privado de campanha,  pode transformar os chamados candidatos chapa branca em concorrentes turbinados, podem ter uma vantagem financeira em relação aos outros concorrentes, é isso mesmo, para vencer uma eleição é preciso ter muitas garrafas vazias para vender, e assim poder sonhar em ver o seu projeto inovador ou não, conquistando a simpatia do cada vez mais desconfiado eleitor.

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